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Xô estresse! 7 de dezembro de 2010

Filed under: Uncategorized — sinapsesaude @ 6:49 PM

Ser adolescente não é fácil: é uma fase cheia de indecisões, inseguranças, frustrações e expectativas e, dessa forma, o estresse aparece sem aviso prévio. “Na verdade, não é uma doença, é uma reação do organismo a uma ou mais sobrecargas que fazem o nosso corpo produzir dois hormônios em excesso: adrenalina e cortisol”, explica a médica Valéria Marcondes, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

A psicóloga Isolina Proença, do Centro Psicológico de Controle do Estresse, explica que “o estresse é um estado de tensão que causa uma ruptura no equilíbrio interno do organismo, provocando um desgaste geral”. O corpo e a mente reagem com grande esforço para que você consiga enfrentar uma situação que, de certa forma, desperta uma emoção intensa – em outras palavras, que a irrite, amedronte, excite, confunda ou até que a deixe feliz demais –, produzindo substâncias fisiológicas processadas no cérebro. “Nesse caso, cada órgão trabalha em um compasso diferente para poder lidar com o problema e, assim, o equilíbrio do organismo é quebrado”, completa.

Sintomas
Estresse não é brincadeira, por isso preste atenção nas suas atitudes e atente-se aos sinais do seu corpo! “Esporte e reeducação alimentar são sempre bem-vindos para o controle do bem-estar físico e mental”, conta a dermatologista. Se você tiver alguns dos sintomas abaixo, procure um médico!
 
• Indecisão, julgamentos errados, atrasados e precipitados;

• Falta de organização, adiamento e atrasos de tarefas, além de perda de prazos;

• Insônia, sono agitado, pesadelos;

• Falhas de concentração e memória;

• Coisas que davam prazer se tornam uma sobrecarga;

• Uso de finais de semana para colocar o serviço em dia, em vez de relaxar;

• Cada vez mais tempo com trabalho e menos com lazer;

• Sensação de que o dia normal de trabalho não é mais suficiente para o que deve ser feito;

• Diminuição de entusiasmo e prazer;

• Sensação de monotonia, insatisfação, irritabilidade, explosividade e reclamações.
Quando sua pele pede socorro!
O estresse atrapalha todo o funcionamento e o equilíbrio do seu corpo, principalmente da sua pele. “Ela é o maior órgão do corpo humano e faz a fronteira do mundo externo com o interno. A pele revela muito de nossas emoções, por isso ficamos vermelhos de vergonha, branco de susto ou amarelo de fome”, garante Isolina Proença.

“Alterações emocionais podem agravar ou mesmo desencadear algumas dermatoses, como acne e são responsáveis por escoriações que levam a grandes feridas e cicatrizes”, afirma Valéria Marcondes, que também explica o que pode começar a fazer parte do seu dia-a-dia se você não conseguir relaxar!

• Prurido
A coceira é um dos sintomas muito ligado ao emocional. O estímulo da fibra nervosa provoca o prurido que pode ser discreto, moderado ou intenso em estados de ansiedade, depressão ou obsessão. Essa coceira pode ser tão intensa a ponto de fazer feridas em todo o corpo. Em um grau mais avançado, você mesma vai ser a responsável pelas lesões e nem vai perceber.

• Cabelos
Você vai, literalmente, arrancar os cabelos! Isso se chama tricotilomania e faz com que você fique careca em grandes áreas da cabeça ou deixa os fios em diferentes estágios de crescimento.

• Alopecia Areata
É a queda de cabelo em áreas redondas no couro cabeludo, nas sobrancelhas, nos cílios ou até mesmo em todo o corpo. É possível que isso ocorra dois ou três meses após algo muito triste ou intenso acontecer com você, como a perda de um ente querido ou algum acidente. Cuide-se!

• Acne Escorida
É um impulso compulsivo de escoriar lesões, como espremer os cravos e as espinhas, deixando manchas, marcas e cicatrizes que podem se tornar definitivas.
 
• Verrugas e herpes
As doenças causadas por vírus como o HPV (verrugas) e herpes simples são influenciadas por fatores emocionais. Após exposição intensa ao sol, estresse, ansiedade, raiva ou tristeza, aparecem feridinhas bem chatas na boca ou na área genital.
 
• Psoríase, vitiligo ou dermatite atópica
A psoríase – doença inflamatória da pele – e o vitiligo são desencadeados ou piorados por reações emocionais. Se você precisa de mais atenção de seus pais, professores ou amigos, converse com eles e evite uma dermatite!

• Suor
Prestar atenção no seu corpo é fundamental! Caso você perceba que está suando nas axilas, nos pés e nas mãos muito mais do que o normal, consulte um médico o mais rápido possível. Isso pode atrapalhar a sua vida!
E agora? O que fazer?
Todos esses problemas podem piorar ainda mais pelo excesso de exposição solar, pelo fumo, pela alimentação inadequada e pela falta de exercícios físicos. Então, siga as dicas da psicóloga do Centro Psicológico de Controle do Estresse e deixe sua vida muito melhor!

• Mantenha uma alimentação bem equilibrada para manter o sistema imunológico bem protegido;

• Atividade física é muito importante na prevenção do estresse, já que é responsável pela produção de endorfina, que traz uma sensação de bem-estar e relaxamento. Isso quer dizer que você vai ter uma noite de sono maravilhosa e sossegada!

• Busque o que dê prazer: ouça música, faça yoga, meditação e procure fazer passeios bem relaxantes!

• Seja mais confiante e positivo;

• Saia com os amigos e divirta-se

Fonte: iGirl

 

“Eletrochoque” é mais eficaz contra depressões graves. 6 de dezembro de 2010

Filed under: Uncategorized — sinapsesaude @ 7:56 PM

Método recuperou 70% dos pacientes, enquanto drogas antidepressivas tiveram 30% de êxito, diz psiquiatra.

No imaginário popular, eletrochoque é aquela antiga tortura usada contra pacientes psiquiátricos.

Na psiquiatria, “eletrochoque” é o sinônimo politicamente incorreto de eletroconvulsoterapia, “o antidepressivo mais poderoso que existe”, segundo Harold Sackheim, professor da Universidade de Colúmbia (EUA).

Sackheim, que é americano e participou do Congresso Brasileiro de Psiquiatria em Fortaleza, disse que 70% dos pacientes com quadros de depressão grave se recuperaram com eletrochoques. Já a taxa de sucesso com antidepressivos, nesses casos, não ultrapassou 30%.

“Metade dos pacientes que eu tratei já tentou se matar e eles acabam se recuperando”, disse à Folha o professor de psiquiatria.

Segundo o brasileiro Moacyr Rosa, também pesquisador da Colúmbia, o preconceito contra o método vem de seu mau uso no passado, quando era aplicado sem anestesia e para qualquer coisa. “A eletroconvulsoterapia acompanhou a evolução da medicina e hoje suas aplicações são muito mais seguras.”

INDICAÇÕES

Se antes havia um uso indiscriminado dessa terapia,  hoje os especialistas só a recomendam para casos em que o paciente não responde aos medicamentos ou quando a depressão é severa.

“Se os sintomas forem muito intensos, a ponto de causarem estupor ou grandes prejuízos às atividades profissionais e ao relacionamento, temos um caso grave de depressão”, explica o psiquiatra José Alberto Del Porto, da Unifesp.

As sessões de 20 minutos são feitas três vezes por semana, por um mês.

O paciente recebe anestesia geral. Os eletrodos induzem uma corrente elétrica no cérebro que provoca a convulsão, alterando os níveis de neurotransmissores e neuromoduladores como a serotonina e a dopamina.

AMNÉSIA

Apesar de exaltarem a eficácia do método, os especialistas reconhecem que a terapia por convulsão elétrica causa efeitos colaterais que variam da náusea até a perda de parte da memória.

Segundo Del Porto, é comum o procedimento causar perda transitória da capacidade de memorização. “Depois de duas ou três semanas, tudo volta ao normal. Já os casos de perda das recordações costumam ser raros”.

Segundo Rosa, esses desconfortos são o foco atual das pesquisas. “A idéia hoje é diminuir a incidência desses efeitos colaterais”.

Como funciona a eletroconvulsoterapia?

Sessão: O paciente é sedado com anestesia geral de curta ação. Depois, recebe relaxantes musculares para que os músculos não sofram abalos com as convulsões. Os eletrodos são colocados na região das têmporas do paciente e são aplicados impulsos elétricos ultrabreves (de poucos segundos). Depois de cinco minutos, cessam os efeitos dos relaxantes e da anestesia e o paciente se recupera.

Terapia: O paciente é submetido a três sessões semanais, em dias intercalados, num período que vai de três a quatro semanas.

Principais indicações: Quadros de depressão grave, risco de suicídio iminente, situações em que o paciente não responde aos antidepressivos ou não pode ingeri-los.

Efeitos colaterais: Prejuízo temporário à capacidade de memorização, dores musculares, náusea, dor de cabeça.

SINTOMAS da Depressão Grave: *Perda de interesse e prazer em todas as atividades

*Cansaço

*Mudança no apetite e no peso

*Alterações do sono

*Sentimento de culpa e de autodepreciação

*Ideação suicida

Fonte: Folha de São Paulo

 

MP3 pode causar epidemia de problemas auditivos 3 de dezembro de 2010

Filed under: Uncategorized — sinapsesaude @ 12:48 PM

Uso inadequado de tocadores de MP3 preocupa médicos

O uso inadequado de tocadores de MP3, principalmente por jovens dos centros urbanos está preocupando médicos de várias partes do mundo. “Este hábito tem crescido mais rápido do que nossa capacidade de avaliar sua consequências”, escreveu o especialista em medicina ambiental Peter Rabinowitz, professor da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, em um editorial do periódico British Medical Journal. O volume dos aparelhos de MP3 pode atingir 120 decibéis, o que é comparável ao som de uma turbina de avião. Segundo Rabinowitz, há várias evidências de que o uso prolongado desses equipamentos e com o volume muito alto está comprometendo a capacidade auditiva dos jovens, além de causar zumbidos crônicos e de difícil tratamento, sem falar em acidentes e prejuízo escolar por falta de concentração. No entanto, essas  consequências podem representar apenas a ponta do iceberg, já que os efeitos cumulativos ainda são desconhecidos. Os especialistas temem que esse hábito insalubre possa ocasionar uma epidemia de problemas auditivos daqui a algumas décadas.

 

Paciente aguarda 32 horas por internação em Ribeirão 2 de dezembro de 2010

Filed under: Uncategorized — sinapsesaude @ 8:57 PM

Jovem e família aguardam vaga no HC desde a última terça-feira.

Uma jovem de 23 anos esperava às 22h30 desta quarta-feira há pelo menos 32 horas por uma vaga de internação no setor de psiquiatria do HC (Hospital das Clínicas) de Ribeirão Preto. Até o fechamento desta edição, ela e a família ainda estavam na UBDS (Unidade Básica Distrital de Saúde) do Castelo Branco, sem previsão de obter uma vaga.

A família conta que Soliany Rodrigues da Costa tentou se matar na tarde da última terça e foi levada pelo marido até a UBDS. O casal chegou à unidade por volta das 14h e, após avaliação médica, houve encaminhamento ao CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), onde ela chegou a ser medicada. Em seguida, ela foi encaminhada de volta à unidade para continuar à espera de internação.

Soliany ainda esperava na noite desta quarta por atendimento, em uma cama na UBDS, enquanto a família estava do lado de fora da unidade. A mãe dela, Dalzony Rodrigues da Silva, segurava no colo a neta de seis meses, que ainda é amamentada por Soliany. O filho de 3 anos da jovem também aguardava com a família no local.

Segundo o marido, Wilians Pereira dos Santos, 21, a jovem passou o dia à base de pães de queijo e suco. “Eles olham para a gente como se mendigássemos uma vaga, mas é um direito nosso”, disse a mãe.

O secretário da Saúde de Ribeirão, Stênio Miranda, diz que todo o atendimento pré-hospitalar foi dado à paciente, mas a internação depende do Estado. “Infelizmente, temos de conviver com essa insensibilidade e falta de compromisso porque não temos um hospital psiquiátrico”, disse.

Ninguém da Secretaria de Estado da Saúde foi encontrado no final da noite desta quarta para comentar o caso.

Fonte: A Cidade

 

RJ: universo dos usuários de drogas deve mudar, diz psiquiatra 1 de dezembro de 2010

Filed under: Uncategorized — sinapsesaude @ 11:02 PM

A atual ofensiva das forças de segurança contra o tráfico no Rio de Janeiro certamente trará consequências para o universo dos usuários e dependentes das drogas, segundo o psiquiatra Jairo Werner, professor das universidades Federal Fluminense (UFF) e do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Pelas leis do mercado, a droga tende a ficar mais cara, com a apreensão de toneladas de cocaína e maconha em centrais do tráfico, como as que funcionavam no Complexo do Alemão e na Vila Cruzeiro, desmanteladas no último fim de semana. Com base na experiência no tratamento de jovens envolvidos com a droga, através de um serviço que mantém na UFF, Jairo Werner espera que haja uma procura maior pelo tratamento e mesmo uma inibição do consumo. “Acho que vamos ter um efeito positivo, principalmente naqueles que ainda não são dependentes, que consomem a droga ‘só de onda’ e que a gente espera que larguem o uso. Já para os dependentes, que têm síndrome de abstinência, eu recomendo que procurem uma ajuda terapêutica, porque essa é uma oportunidade para trabalhar isso”, diz. Werner acredita que prostituição e pequenos furtos venham a ser os crimes mais praticados pelos dependentes que se recusarem a buscar tratamento e não tiverem mais condição financeira de adquirir a droga. “Realmente, existe esse risco e, por isso, a gente apela para que eles busquem ajuda e alerta o Poder Público para a necessidade de criar meios para atender a essa clientela”, adverte o psiquiatra. “Não basta só invadir o morro. É preciso dar assistência a todos os que gravitam em torno do tráfico, o que vai desde as pessoas que estão na dependência química, como também nos que, direta ou indiretamente, vivem da droga”, ressalta. Autor de várias publicações sobre saúde e educação, no Brasil e no exterior, Jairo Werner diz temer que a sociedade veja a questão da droga apenas como uma luta contra os bandidos. “Quem alimenta o traficante é o usuário, por mais que as pessoas neguem esse argumento. É claro que não vamos condenar à prisão os consumidores de drogas, mas sem dúvida elas precisam tomar consciência e buscar tratamento”. Violência Os ataques tiveram início na tarde de domingo, dia 21, quando seis homens armados com fuzis incendiaram três veículos por volta das 13h na Linha Vermelha. Enquanto fugia, o grupo atacou um carro oficial do Comando da Aeronáutica (Comaer). Na terça-feira, todo efetivo policial do Rio foi colocado nas ruas para combater os ataques e foi pedido o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para fiscalizar as estradas. Ao longo da semana, Marinha, Exército e Polícia Federal se juntaram às forças de segurança no combate à onda de violência que resultou em mais de 180 veículos incendiados. Na quinta-feira, 200 policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) tomaram a vila Cruzeiro, no Complexo da Penha. Alguns traficantes fugiram para o Complexo do Alemão, que foi cercado no sábado. Na manhã de domingo, as forças efetuaram a ocupação do Complexo do Alemão, praticamente sem resistência dos criminosos, segundo a Polícia Militar. Entre os presos, Zeu, um dos líderes do tráfico, condenado pela morte do jornalista Tim Lopes em 2002. Desde o início dos ataques, pelo menos 39 pessoas morreram em confrontos no Rio de Janeiro e 181 veículos foram incendiados. O contato com o serviço de assistência terapêutica a dependentes de droga, mantido pela UFF, pode ser feito pelo telefone (21) 2629-9605.

Fonte: Terra

 

Prisões: os novos manicômios 30 de novembro de 2010

Filed under: Uncategorized — sinapsesaude @ 6:45 PM

Presidente da ABP critica a falta de estrutura para atendimento público de pacientes com transtorno mental no país.

No Estado, como em todo o país,muitas famílias encontram dificuldade para obter tratamento para pacientes com transtornos mentais, incluindo os usuários de drogas. É o resultado, diz Antonio Geraldo da Silva – que assumiu a presidência da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) –, da política de saúde mental que vem sendo implantada no Brasil e que para ele leva à total desassistência. Além da redução de leitos, há falta de atendimento ambulatorial com médicos, medicamento em quantidade e qualidade. “Ninguém consegue internar um paciente”, afirma ele. Silva diz que o tratamento de qualidade só é obtido por quem tem dinheiro, em clínicas já superlotadas por conta do número crescente de usuários de drogas. “Quem não tem recursos está fadado ao inferno.” Sem atendimento, esse tipo de paciente acaba abandonado, indo morar nas ruas ou parar nas cadeias. “É uma desumanidade o que está sendo feito”, assinala o psiquiatra. Veja abaixo mais detalhes de sua entrevista.

Pergunta: O senhor critica o modelo de assistência em saúde mental adotado no Brasil. O que está errado?

Resposta: A plena desassistência psiquiátrica. Resultado de um modelo que vem sendo implantado há 20 anos no país e que é contrário aos psiquiatras, à Medicina e aos pacientes. Se a Lei 10.216, aprovado no Senado, fosse posta em prática, funcionaria muito bem. O problema é que o governo federal vem burlando a legislação com portarias, em que interesses ideológicos falam mais alto.

P: Como isso afeta o atendimento aos pacientes?

R: Um dos principais problemas é a redução drástica do número de leitos psiquiátricos. Em nenhum lugar há vaga para internar um paciente. Faltam leitos, atendimento ambulatorial com psiquiatra, medicamento em quantidade e qualidade. Hoje, quem tem condições financeiras consegue um bom atendimento, mas quem não tem recursos está fadado ao inferno. Na Psiquiatria, o Brasil vive dois extremos: a iniciativa privada comum dos melhores sistemas, comparado ao europeu ou americano; e o sistema público, desumano, como o africano. É o fim desse abismo social que defendemos.

P: E a pressão por atendimento só aumenta com o crescente número de usuários de drogas, principalmente de crack.

R: O crack virou uma epidemia. Há anos dá sinais de crescimento, e o Ministério da Saúde até agora não fez nada. A única política é a de redução de danos. Seu filho para de fumar crack para usar cocaína, fumar maconha… A quem interessa isso? Esses pacientes, como os demais, não possuem local para se tratar. Vão acabar nas ruas, nas prisões. E o argumento para a destruição do sistema foi de que o serviço não era bom.

P: O senhor refere-se aos manicômios e às suas histórias de abandono de pacientes?

R: Não defendo a manutenção de leitos psiquiátricos sem qualidade. Agora, quem não cuidou dos espaços? O problema é que o governo federal viu que era mais barato fechar leitos do que mantê-los com qualidade. E isso é grave, se considerarmos que cinco das dez causas de afastamento do trabalho são por doenças mentais.

P: Para o senhor, a doença mental no país está sendo tratada como problema social?

R: Sim, querem tratar a doença sem medicamento, sem médicos. Mas a doença mental, como qualquer outra – diabetes, pneumonia –, precisa de tratamento, de acompanhamento médico e até de internação. Em geral, a maior demanda é ambulatorial. Mas há casos em que a pessoa
precisa ser internada por colocar a própria vida ou a de outras pessoas em risco. Para esses casos é preciso ter leitos psiquiátricos, e em boas condições.

P: E sem os leitos, qual o destino desses pacientes?

R: As ruas, as prisões, o abandono. Em dez anos, o número de leitos no país foi reduzido de 120 mil para menos de 36 mil, e não foi criada nenhuma alternativa para atender às pessoas que ficaram sem esses espaços. Coincidentemente, temos mais de 60 mil doentes mentais presos. As prisões tornaram-se os novos manicômios. Fui a Vitória há alguns meses e vi as ruas cheias de doentes mentais. Não é diferente em São Paulo ou Rio Grande do Sul. É o resultado da falta de atendimento em saúde mental no Brasil, como deveria ser feito. As pessoas vão para as ruas, morrem, cometem pequenos ilícitos, são presas. É uma desumanidade o que está sendo feito.

P: O que a lei estabelece?

R: Que o paciente tenha acesso ao melhor tratamento, de acordo com as suas necessidades. Hoje, se tenho um quadro psiquiátrico, ligo para um consultório particular, marco uma consulta, tenho o atendimento, resolvo o problema e continuo trabalhando. Desafio qualquer um a agir
Da mesma forma no serviço público. Se conseguir marcar uma consulta para este ano… Veja: o Samu te atende num momento de surto de um familiar ou está preparado para tal? E o que acontece: sem consulta, a pessoa não trata a doença, não trabalha, não toca a vida e pode até se suicidar. Enfim, a situação só vai piorando. Sem contar as famílias que precisam recorrer à polícia para garantir atendimento.

P: E os Centros de Atendimento Psicossocial (Caps), que concentram os tratamentos antes feitos nos hospitais especializados?

R: Sozinhos, são insuficientes para atender à demanda dos pacientes e à complexidade de determinados transtornos. Essas unidades devem estar inseridas dentro de uma rede, que se sucede com promoção de saúde, prevenção de doença, atendimento primário, secundário e terciário. Na prática, o serviço é muito bom para quem tem esquizofrenia, psicose, que precisa passar o dia todo no local, mas sem sentido para quem precisa fazer apenas uma consulta por mês. Outro complicador é a ausência de médicos nesses espaços.

P: Por quê?

R: Entre as funções está a de acolhimento noturno, um eufemismo para internação. Ao dizer que “acolhem’ ”não se obrigam a ter um médico para diagnosticar a necessidade de internação. Quem ficaria tranqüilo em deixar um filho, durante um surto psicótico, em um serviço sem médicos?

P: É possivel tratar doença mental sem internação?

R: Se fizer o tratamento adequado, com medicamento em quantidade e qualidade, você pode diminuir o número de internações. Atendo a mais de 200 pacientes por mês, e há mais de seis meses não indico a internação. Agora, para se conquistar isso no serviço público, é preciso trabalhar com promoção da saúde mental, prevenção da doença e assistência primária. Nada do que vemos hoje em dia. Pelo contrário, a maior parte das unidades de saúde não possui atendimento psiquiátrico.

P: As perspectivas que o senhor aponta não são nada favoráveis.

R: Não são. É por isso que temos insistido e exigido que a Saúde volte a ser planejada com base na ciência, conduzida por médicos comprometidos com os conhecimentos técnicos e que tenha como finalidade atender às necessidades do paciente, o que hoje não acontece. Aqueles que necessitam do serviço público para tratamento próprio ou de familiares sabem muito bem do que estou falando.

A doença mental

No Brasil:

40 milhões (21%) – Necessitam ou vão precisar de atendimento em saúde mental
5,7 milhões (3%) – Sofrem de transtornos mentais graves, como esquizofrenia

23 milhões (12%) – Necessitam de algum tipo de atendimento ambulatorial em saúde

28 milhões (15%) – Têm pelo menos um episódio de depressão ao longo da vida

12 milhões (6%*) – Apresentam transtornos graves associados ao consumo de álcool e outras drogas (exceto tabaco)

* População acima de 12 anos

Fonte: Ministério da Saúde, Secretaria Estadual de Saúde, Associação Brasileira de Psiquiatria

Atendimentos no Estado:

Internações

2000 – 11.032

2009 – 9.693

Leitos

1990 – 893

2009 – 649

Tratamento

37 equipes de saúde mental (atenção primária)

21 Centros de Atenção Psicossocial (CAPs)

Fazenda esperança, comunidade terapêutica em Alegre

Asilamento

5 Residências Terapêuticas

Hospital Estadual de Atenção Clínica, em Cariacica

Fechamento

Hospital Psiquiátrico Adauto Botelho, em abril de 2010

Onde há internação

Hospital Maternidade Santa Rita, em São Gabriel da Palha

Centro Estadual de Atendimento Psiquiátrico Dr. Aristides Alexandre Campos (CAPAAC), em Cachoeiro

Hospital da Polícia Militar, em Vitória

Hospital Estadual de Atenção Clínica, em Cariacica

Hospital Associação dos Funcionários Públicos, em Vitória

Hospital Ferroviários (crianças e adolescentes), em Cariacica

Atendimento de urgência

PS Hospital Estadual de Atenção Clínica, em Cariacica

PS CAPAAC, em Cachoeiro

Propostas

Construir e equipar 2 CAPs e 11 Centros de Tratamento ao Toxicômano (CTT) para atender a 2.700 usuários. Investimentos de R$ 15 milhões

Abrir mais sete leitos no Hospital Ferroviários destinados a crianças e adolescentes usuários de álcool e outras drogas

Ampliar leitos para usuários de drogas e pacientes psiquiátricos em hospitais gerais filantrópicos ou privados

Fonte: A Gazeta

 

Médicos desconhecem como tratar dependentes de crack 29 de novembro de 2010

Filed under: Uncategorized — sinapsesaude @ 6:57 PM

Conselho Federal de Medicina vai definir orientações para profissionais no primeiro semestre de 2011. O consumo de crack no Brasil se tornou uma epidemia e, por enquanto, está absolutamente fora do controle das autoridades e das famílias brasileiras. Políticas de prevenção, tratamento e repressão ainda pouco eficientes preocupam a classe médica, que precisa atender os que sentem o efeito devastador da droga e responder às angústias de famílias que chegam aos hospitais sem saber o que fazer com os filhos. Até agora, eles dizem não saber como fazer isso. Com este diagnóstico em mãos, o Conselho Federal de Medicina (CFM) reuniu as principais autoridades do País para traçar, até a metade do ano que vem, novas normas de atendimento aos usuários dependentes do crack. O CFM está preocupado com a lentidão dos resultados de políticas públicas para o assunto e também com o novo plano de combate traçado pelo governo federal. Os conselheiros querem participar mais ativamente das discussões e do monitoramento das ações definidas pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas da Presidência da República (Senad), que ainda estão no papel, mas movimentarão R$ 400 milhões até o fim do ano. Para isso, médicos interessados no tema em todo o Brasil se reuniram em Brasília nesta quinta-feira, dia 25. Iniciaram um Fórum Nacional sobre Aspectos Médicos e Sociais Relacionados ao Uso de Crack, que já tem mais duas reuniões marcadas para o ano que vem. Em março de 2011, a classe discutirá políticas de redução de danos aos usuários. Em abril, definições sobre o protocolo de atendimento ideal entrarão em pauta e, em maio, a capacitação dos profissionais que lidam com dependência química será o foco dos debates. Desconhecimento O primeiro encontro serviu para que gestores, pesquisadores e médicos que lidam com os pacientes na ponta dividissem preocupações e opiniões sobre as estratégias adotadas hoje no Brasil para combater o avanço do consumo da droga e auxiliar na recuperação dos dependentes. “Sabemos pouco sobre o crack no mundo. Não há protocolo, antídoto ou dados suficientes para lidarmos com o problema. A certeza é de que todos precisamos trabalhar juntos: gestores, psiquiatras, sociedade”, afirma Ricardo Paiva, coordenador do fórum. Uma pequena pesquisa de opinião preparada durante o evento mostrou que os médicos, de fato, desconhecem as especificidades do tema. Em perguntas como “você se sente qualificado para tratar o crack” ou “você conhece protocolos de assistência ao usuário”, a maioria dos participantes respondeu não (65% e 75,8%, respectivamente). Metade dos participantes admitiu não saber para onde encaminhar um usuário de crack se precisasse. Roberto Luiz d’Ávila, presidente do CFM, reconheceu que ele próprio desconhece as respostas. “Cabe aqui uma reflexão de que precisamos agir e sensibilizar os médicos para o problema, tanto como profissionais quanto como cidadãos”, comentou. A falta de formação adequada para lidar com os pacientes usuários da droga é apenas um dos empecilhos para o enfrentamento adequado da epidemia. Os médicos criticam a definição lenta de ações eficientes nesse sentido. “Infelizmente, nos últimos 10 ou 12 anos, o governo não teve sensibilidade para compreender a urgência que o crack exige e demorou a responder à epidemia”, critica Ronaldo Laranjeira, coordenador do Instituto Nacional de Políticas sobre Álcool e Drogas (Inpad). Para Laranjeira, os modelos de atendimento dado aos usuários hoje e os definidos no novo plano de combate à droga não acompanham a complexidade da dependência causada pelo crack. “Essa é uma doença complexa. Vamos precisar de ambulatórios especializados, ações em escolas, maior relação com grupos de autoajuda, moradias assistivas”, afirma. O médico ressalta que grande parte dos usuários da droga morre nos primeiros cinco anos de vício. “Não vimos essa urgência refletida no combate ao uso da droga”, diz. O psiquiatra defende a criação de unidades de tratamento especializadas, que combinem diferentes estratégias para evitar recaídas dos pacientes. Psiquiatras, psicólogos, grupos de autoajuda e orientação familiar têm de estar disponíveis, defende. Outro ponto fundamental, segundo ele, é preservar diferenças regionais nas ações. “Não é uma crítica partidária. Temos visto as mesmas políticas desde o governo de Fernando Henrique Cardoso. A área da dependência química continua neglicenciada”, diz. Plano federal Paulina Duarte, secretária-adjunta da Senad, defendeu o plano elaborado pelo governo em maio. “Concordo que muito ainda é precisa muito, mas discordo da ideia de que nada foi feito. O governo tem feito um investimento gigantesco, que pode ser insuficiente ainda, especialmente nas áreas de tratamento e ressocialização. Esse não é um plano milagroso, ele nasceu de trabalhos que temos feito em parceria com universidades, financiando pesquisas”, afirmou. Segundo Paulina, R$ 400 milhões serão investidos ainda este ano no programa. O plano contempla diferentes frentes de atuação: ensino e pesquisa; prevenção, tratamento e reinserção social, e enfrentamento ao tráfico. Nas próximas semanas, Paulina garante que uma promessa feita no lançamento, que já deveria estar no ar, finalmente estará disponível à população, um site informativo e interativo sobre o crack. O objetivo é esclarecer a população sobre a droga, mostrando como a dependência é causada, o efeito da droga no organismo, como funciona o tratamento e onde buscar ajuda. De acordo com Paulina, a rede de assistência social e a de saúde serão ampliadas. Além da criação de leitos para dependentes químicos em hospitais gerais, mais Centros de Atenção Psicossociais (CAPs) passarão a funcionar no País. O plano também vai financiar estudos sobre o perfil dos usuários de crack no Brasil. As estatísticas disponíveis sobre isso atualmente retratam recortes da sociedade e não toda ela. Há dados sobre estudantes consumidores da droga e habitantes de algumas regiões, por exemplo. Com dinheiro e escolarizados Um estudo com 22 mil pessoas em todo o País será concluído no início de dezembro, segundo Paulina. Ana Cecília Marques, pesquisadora da Universidade Federal de São Paulo ( Unifesp), ressalta que o perfil dos usuários mudou desde a década de 1990, quando a droga se tornou popular no País. “Hoje, 0,3% da população mundial está consumindo o crack. Em 2004, identificamos que pelo menos 1% dos estudantes do ensino fundamental das escolas públicas já haviam experimentado a droga. Hoje, os usuários são mais escolarizados e mais velhos”, diz. Durante os debates, uma senhora comoveu os participantes. Professora da rede pública de ensino de Brasília, Diana Costa, 56 anos, ouviu pelo rádio a notícia do fórum. Decidiu buscar mais informações – mesmo sendo um evento para especialistas – sobre a droga que acabou com sua família. E pedir ajuda. O filho dela, de 36 anos, e a nora, de 20, estão viciados em crack. Ela contou que eles perderam tudo o que tinham em casa para acertar dívidas com os traficantes. O filho, de dois meses, também foi rejeitado pelos dois, que o entregaram a ela. “Esse crack é uma desgraça”, afirmou. Diana pediu que os especialistas lhe orientassem. Ela já havia acompanhado o filho e a nora a hospitais públicos de Brasília duas vezes para tentar uma consulta com um psiquiatra, mas não conseguiram. E ninguém a indicou o que fazer. “Eu estou desesperada. Essa droga acabou com meu filho, acabou com a minha vida. Isso é avassalador. Meu filho largou emprego, emagreceu quase 20 quilos em quatro meses. Não sei o que fazer”, desabafou.

Fonte: iG

 

Seminário nacional sobre crack posiciona médicos quanto às políticas públicas de saúde. Evento terá transmissão simultânea pela internet 25 de novembro de 2010

Filed under: Uncategorized — sinapsesaude @ 7:38 PM

Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) participa do I Seminário Nacional sobre Aspectos Médicos e Sociais Relacionados ao Uso do Crack, no dia 25 de novembro, reforçando o papel dos psiquiatras nas políticas públicas de combate ao crack.

O avanço do consumo de crack no país, aliado à redução indiscriminada dos leitos psiquiátricos e a políticas ineficientes de prevenção e tratamento, reforçam a necessidade de diretrizes que encarem a questão como um problema de saúde pública. Além disso, é preciso valorizar o papel da medicina, fundamental para ações embasadas no conhecimento científico. Com o intuito de mobilizar os médicos e discutir medidas e soluções, será realizado o I Seminário Nacional sobre Aspectos Médicos e Sociais Relacionados ao Uso do Crack, no dia 25 de novembro, no auditório do Conselho Federal de Medicina (CFM), em Brasília.
O evento, organizado pelo Conselho Federal de Medicina, contará com a participação da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), ressaltando a importância do tratamento psiquiátrico aos usuários de drogas, principalmente em relação ao crack. O presidente da ABP, Antônio Geraldo da Silva, participa com o presidente do CFM, Roberto Luiz d’Avila, e outros especialistas da mesa redonda “Aspectos Técnicos e Éticos”, que discutirá os modelos de tratamento ao usuário de crack, abordagens clínicas, dilemas éticos e clínicos na assistência, acolhimento, medicina e interdisciplinaridade. Logo após a mesa, será aberto o debate com os participantes.
O Seminário contará ainda com a mesa redonda “Aspectos Institucionais e Sociais”, abordando os aspectos jurídicos, o papel institucional do Estado, as propostas dos Ministérios da Saúde e da Educação para o combate ao crack (sobretudo no sistema educacional) e o uso do crack sob a perspectiva da sociedade.
Outro destaque do evento é a total interatividade. No site oficial do seminário (www.enfrenteocrack.org.br) será disponibilizado um link para transmissão do evento em tempo real, com imagens de alta qualidade e sem a necessidade de instalação de programas específicos, o que poderia dificultar o acesso. Os internautas também poderão participar encaminhando perguntas ou contribuições por Messenger ou Twitter.
A iniciativa possibilitará a participação dos interessados que não conseguiram se inscrever, já que em apenas 10 dias foram esgotadas as inscrições para o evento. Estão confirmados 160 participantes entre médicos, estudantes, profissionais da área da saúde e representantes da sociedade civil organizada.
Para acompanhar a transmissão online, acesse: http://www.enfrenteocrack.org.br
Canais interativos:
MSN (contato@enfrenteocrack.org.br)
Twitter (http://twitter.com/enfrenteocrack)

I Seminário Nacional sobre Aspectos Médicos e Sociais Relacionados ao Uso de Crack
Dia 25 de novembro
Auditório do Conselho Federal de Medicina – Brasília (SGAS 915, lote 72)

Programação

9h – Abertura

9h40 – Mesa redonda Aspectos Técnicos e Éticos

11h20 – Debate

14h – Mesa redonda Aspectos Institucionais e Sociais

15h20 – Debate

16h – Plenária Final

18h – Encerramento

Fonte: Grupo Ita News

 

Uso do crack em debate 24 de novembro de 2010

Filed under: Uncategorized — sinapsesaude @ 10:33 PM

O aumento excessivo do uso de crack no país tem deixado os médicos em alerta e eles querem criar diretrizes eficazes para o tratamento da dependência da droga.

O assunto será debatido durante o I Seminário Nacional sobre Aspectos Médicos e Sociais Relacionados ao Uso do Crack, promovido pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que será realizado em Brasília, nesta quinta-feira (dia 25), a partir das 9 horas, na sede do CFM (905 Sul – atrás da LBV).

O encontro será composto de duas mesas redondas. A primeira, que vai discutir aspectos técnicos e éticos do consumo e do tratamento do usuário, será moderada pelo presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (APB), Antonio Geraldo da Silva.

“A epidemia do crack no Brasil coincidiu com o fechamento dos leitos psiquiátricos e a rede publica não tem capacidade de absorver toda a demanda. O país conta com apenas 1.800 leitos psiquiátricos em hospitais em geral e existem pelo menos 1,2 milhão de usuários de crack em todo o país”, explica Antonio Geraldo.

Na mesa redonda serão debatidos assuntos importantes como modelos de tratamento aos usuários de crack (pelo psiquiatra Ronaldo Laranjeira, do Instituto Nacional de Políticas sobre Álcool e Drogas), abordagens epidemiológicas (Ana Cecília Marques, psiquiatra da Unifesp), dilemas éticos e clínicos na assistência (Emmanuel Fortes, vice-presidente do CFM) acolhimento, medicina e interdisciplinaridade (Pedro Gabriel Delgado, coordenador nacional de saúde mental do Ministério da Saúde).

A segunda mesa discutirá tópicos institucionais e sociais do tema: aspectos jurídicos, papel institucional do Estado, propostas dos Ministérios da Saúde e da Educação para o combate ao crack (sobretudo no sistema educacional) e uso do crack sob a perspectiva da sociedade. Depois de cada mesa os debates serão abertos para a participação do público inscrito no encontro.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA

I Seminário Nacional sobre Aspectos Médicos e Sociais Relacionados ao Uso do Crack

Dia 25 de novembro (quinta-feira)

A partir das 8h30

Local: Sede do CFM: SGAS 915 lote 72. Brasília – DF

Site oficial: http://www.enfrenteocrack.org.br

Mais informações: 9986-3074/3327-6827

Fonte: Jornal de Brasília

 

Seminário nacional sobre crack posiciona médicos quanto às políticas públicas de saúde. Evento terá transmissão simultânea pela internet 23 de novembro de 2010

Filed under: Uncategorized — sinapsesaude @ 9:09 PM

 Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) participa do I Seminário Nacional sobre Aspectos Médicos e Sociais Relacionados ao Uso do Crack, no dia 25 de novembro, reforçando o papel dos psiquiatras nas políticas públicas de combate ao crack.

O avanço do consumo de crack no país, aliado à redução indiscriminada dos leitos psiquiátricos e a políticas ineficientes de prevenção e tratamento, reforçam a necessidade de diretrizes que encarem a questão como um problema de saúde pública. Além disso, é preciso valorizar o papel da medicina, fundamental para ações embasadas no conhecimento científico. Com o intuito de mobilizar os médicos e discutir medidas e soluções, será realizado o I Seminário Nacional sobre Aspectos Médicos e Sociais Relacionados ao Uso do Crack, no dia 25 de novembro, no auditório do Conselho Federal de Medicina (CFM), em Brasília.

O evento, organizado pelo Conselho Federal de Medicina, contará com a participação da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), ressaltando a importância do tratamento psiquiátrico aos usuários de drogas, principalmente em relação ao crack. O presidente da ABP, Antônio Geraldo da Silva, participa com o presidente do CFM, Roberto Luiz d’Avila, e outros especialistas da mesa redonda “Aspectos Técnicos e Éticos”, que discutirá os modelos de tratamento ao usuário de crack, abordagens clínicas, dilemas éticos e clínicos na assistência, acolhimento, medicina e interdisciplinaridade. Logo após a mesa, será aberto o debate com os participantes.

O Seminário contará ainda com a mesa redonda “Aspectos Institucionais e Sociais”, abordando os aspectos jurídicos, o papel institucional do Estado, as propostas dos Ministérios da Saúde e da Educação para o combate ao crack (sobretudo no sistema educacional) e o uso do crack sob a perspectiva da sociedade.

Outro destaque do evento é a total interatividade. No site oficial do seminário (www.enfrenteocrack.org.br) será disponibilizado um link para transmissão do evento em tempo real, com imagens de alta qualidade e sem a necessidade de instalação de programas específicos, o que poderia dificultar o acesso. Os internautas também poderão participar encaminhando perguntas ou contribuições por Messenger ou Twitter.

A iniciativa possibilitará a participação dos interessados que não conseguiram se inscrever, já que em apenas 10 dias foram esgotadas as inscrições para o evento. Estão confirmados 160 participantes entre médicos, estudantes, profissionais da área da saúde e representantes da sociedade civil organizada.

Esta iniciativa é mais uma ação que busca levar novos conhecimentos aos associados e contribuir para a melhoria do atendimento em saúde mental. É a ABP trabalhando pelo psiquiatra e pela população.

Fonte: Assessoria de Imprensa ABP